segunda-feira, 12 de novembro de 2007

:::Catadores de lixo contribuem com limpeza urbana de Fortaleza:::

















Uma nova profissão que vem crescendo muito em Fortaleza proporciona sustento á várias famílias, retira grande parte de lixo das ruas, e ajuda a preservar o meio ambiente com o aumento da reciclagem de lixo.



A população de Fortaleza está crescendo, e com ela cresce também a quantidade de lixo produzido. A maioria das pessoas não tem ainda o costume de fazer em sua casa uma seleção dos materiais recicléveis do que não pode ser reaproveitável, e os orgãos públicos não se preocupam em orientar a população sobre a importância da separação do lixo. Um dos responsáveis por essa coleta seletiva são os catadores de lixo, aquelas pessoas que todos os dias passam recolhendo plásticos, papel, e outros materiais recicláveis na porta da sua casa. Porém, apesar da garimpagem feita pelos catadores, toneladas de lixo reaproveitável é depositado diariamente no aterro sanitário.

Com o surgimento dessa nova profissão de catador de lixo, várias pessoas conseguiram adquirir o sustento de suas famílias com material depositado nas ruas, porém, o número de pessoas que ganham a vida como catador cresceu desordenadamente, e a população passou a reclamar a insegurança de ter sempre alguém revirando o lixo de sua casa, deixando muitas vezes um odor desagradável devido o lixo rasgado.
Segundo pesquisa feita recentemente pelo Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos (Imparh), o perfil do catador de lixo é masculino, entre 18 e 25 anos de idade, com renda em média de R$ 60, natural de Fortaleza, não tendo terminado o Ensino Fundamental e que mora em uma casa com mulher e filhos, embora o casamento não seja oficial. Estima-se que tenha hoje cerca de 8 mil catadores na cidade, afirma Lídia valeska Pimentel, socióloga e coordenadora da pesquisa do Imparh. Já para a Associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) em 1994, 81 cidades brasileiras adotavam algum tipo de programa de coleta seletiva de lixo. Em 2006, este número quadruplicou. Apesar desse crescimento, o que se investe nessa profissão em uma cidade como Fortaleza, a quinta maior do Brasil ainda é cosiderádo pouco.



Antônio Espedito dos Santos tem 48 anos e é catador de lixo há 6. Com ele moram três filhos e sua companheira. Ele conta que começou a garimpar materiais recicláveis para ajudar no orçamento da família. Antes disso vendia objetos de madeira como cofres e carrinhos às pessoas nas ruas, mas nem sempre conseguia vender um número suficiente para sobreviver da renda. “Hoje apesar de ter que catar lixo de madrugada o que ganho dá pelo menos pra comer”. Diz o catador que todo dia espera o caminhão de lixo passar em frente a algumas residências no bairro da Parquelândia para que ele possa recolher o que for aproveitável. Com o trabalho de catador de lixo, Antônio deixou de vender cofres de madeira, e a família muitas vezes o ajuda a recolher o material reciclável encontrado nas ruas. Ele explica que nem todas as pessoas voltam pra casa após passar o dia nas ruas catando lixo, pois algumas moram no próprio Jangurussu.

Em julho de 2006 o aterro do jangurussu recebeu mudanças para adaptar melhor os dejetos depositados lá diariamente, e facilitar o trabalho dos catadores. Além dessas mudanças, foi dado inicio também ao projeto Coleta Seletiva com Inclusão Social dos catadores, onde os trabalhadores cadastrados podem levar o material coletado durante o dia para um galpão onde são seperados e selecionados. Lá os trabalhadores recebem luvas e capacete para dar-lhes mais segurança. O projeto inicialmente amparava catadores que são cadastrados em uma cooperativa existente dentro do jangurussu, mas já começa a se estender a novos trabalhadores.
Com o aumento do número de catadores, e o investimento e apoio dados a eles, valorizando um trabalho muito importante para o meio ambiente, estamos contribuindo com a melhoria de uma necessidade urgente, que é a preservação do lugar onde vivemos.

Pauta

Sugestão de Pauta: O papel dos catadores de lixo em Fortaleza.

Mostrar a importância dos catadores de lixo para reciclagem em Fortaleza, como eles trabalham, quanto ganham, se recebem apoio da prefeitura ou de alguma empresa privada.

A grande quantidade de lixo que é produzida diariamente nas cidades traz alguns problemas. É necessário um espaço muito grande para construir aterros, e gasta-se muito com isso. gasta-se também com a coleta de lixo feita diariamente. Metais, papéis plásticos e vidro são objetos reaproveitáveis, e quando isso não acontece contribui para o aumento de dejetos depositados nos aterros. Aumenta também os gastos. A reciclagem é um processo na qual esses materiais são reutilizados podendo virar, ou não, o mesmo material. Isso gera lucro, e principalmente, ajuda a diminuir a degradação do meio ambiente. Os catadores de lixo têm importância fundamental nessa coleta de recicláveis, juntando e vendendo para as empresas todo o material coletado. Mas em que condições esse catadores trabalham? Como a prefeitura auxilia no trabalho dessas pessoas? Como os catadores ajudam no processo de reciclagem?

Contato: SEMAM - 32456922
EMLURB - 31317600